Desde criança, a jornalista Erika Kwiek convive com a dor da cólica. Já são 15 anos, aprendendo a conviver com esta situação.
“Comecei a menstruar com oito anos e foi uma surpresa, porque ninguém esperava. Veio por uns cinco meses e parou. Com nove anos voltou e ficou todo mês. Com isso, chegaram as cólicas menstruais. Eram terríveis”, conta ela.
Por causa da idade, ela não podia tomar anticoncepcional e nem fazer exames invasivos para garantir um diagnóstico. A Erika chegava a desmaiar. Ela passou anos amenizando o sofrimento com medidas paliativas, como o uso de analgésicos e, aos 15 anos, começou a tomar anticoncepcional.
Aos 17, decidiu parar o anticoncepcional por conta própria, mas as dores voltaram com mais força. “Cheguei a perder vestibular. Estava no caminho e comecei a passar mal no transporte público. Tiveram que me levar correndo para o hospital. Resolvi voltar para o anticoncepcional, porque vi que é o único jeito que não passo tão mal”. Além do anticoncepcional, a jornalista toma remédio para aliviar as dores, principalmente na lombar.
Como aliviar a cólica?
O ginecologista e consultor José Bento deu algumas dicas:
Uso de anti-inflamatório.
Medicamentos que bloqueiam a menstruação.
Atividade física moderada – a liberação de endorfina age como analgésico.
Bolsa de água quente no pé da barriga – o calor melhora a inflamação.
Vitaminas (ômega 3 e complexo B).
Endometriose. O que é?
É uma doença caracterizada pela presença do endométrio – tecido que reveste o interior do útero – fora da cavidade uterina, ou seja, em outros órgãos da pelve: trompas, ovários, intestinos e bexiga.
Cólica é sintoma de endometriose?
A cólica é o sintoma mais importante da endometriose. Segundo José Bento, 60% das mulheres que têm cólica têm endometriose. Não é possível diferenciar uma cólica “comum” da cólica provocada pela endometriose.
Por isso, é importante ficar atenta aos demais sintomas:
Por isso, é importante ficar atenta aos demais sintomas:
Mudança no hábito intestinal ou urinário durante o ciclo menstrual.
Sangramento irregular – maior volume ou sangramento fora da menstruação.
Dificuldade para engravidar.
Dor durante a relação sexual.
Quando a endometriose é pequena, pode ser tratada somente com anticoncepcional ou bloqueio hormonal. Mas se a doença já estiver avançada, é preciso fazer videolaparoscopia para remover os focos da endometriose.